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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

O propósito (nupcial) da interpretação bíblica | Scott R. Swain

 Uma coisa é afirmar que a interpretação bíblica e a pregação deveriam ser cristocêntricas. Essa afirmação flui do ensinamento do próprio Jesus sobre relação entre a Escritura e ele (ex: João 5:39; Lucas 24:44-47). Outra coisa é dizer como a interpretação bíblica e a pregação deveriam ser cristocêntricas. "Exposição cristocêntrica" significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Para muitos interpretes e expositores contemporâneos, significa que a interpretação bíblica deveria buscar proclamar "o evangelho", muitas vezes entendido em termos da obra expiatória de Cristo ou o dom da justificação por Cristo. Efésios 5 sugere outro modo de pensar sobre o telos cristológico da interpretação e da proclamação bíblica. Nos versículos 25-27, Paulo resume a obra de Cristo de uma forma que inclui as dimensões já mencionadas da obra de Cristo enquanto também nos ajuda a apreciar a ordem teleológica delas entre outros aspectos da obra de Cristo: “Maridos, amai vossa mulher,

"Eu entrei": A Teoria Literária de C. S. Lewis Aplicada ao Livro de Jó

 Para que serve a literatura? Para muito, em todo sentido. Mas, um sentido particular em que edifica o homem é na empatia. C. S. Lewis esboça sua teoria literária em “Um Experimento em Crítica Literária”, e é a partir das ideias dele que quero construir aqui um pequeno retrato de uma perspectiva enriquecedora da Literatura, e exemplificá-la com o livro de Jó. A história é para mostrar, não para convencer A forma mais fácil de justificar a literatura é alegar que ela é uma forma de ensino. Isso, no entanto, é um reducionismo: quanto apreciamos histórias que não ensinam nada novo? A arte está sempre mais próxima de um exercício do que de um aprendizado, ou, nos termos de C. S. Lewis, não é uma questão de “usar” mas de “receber”. Em outras palavras, diferente do texto argumentativo, o propósito principal do texto literário não é convencer o leitor de algo, mas simplesmente mostrar algo a ele. Citando Lewis, “Nós nos sentamos diante da imagem para que algo aconteça conosco, e não para faze